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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Cosa Nostra - historia


Cosa Nostra

A Cosa Nostra (também conhecida como Máfia), é uma sociedade criminosa secreta que se desenvolveu na primeira metade do século XIX na Sicília, Itália. A Cosa Nostra também se desenvolveu na costa Leste dos Estados Unidos e na Austrália no final do século XIX, seguindo as ondas de imigrantes do sul da Itália. Segundo Paolo Pezzino. "a Máfia é um tipo de crime organizado não apenas ativo em váris campos ilegais, mas também com tendências a exercer funções soberanas - normalmente pertencentes a autoridades públicas - sobre um território específico..."
Alguns estudiosos vêem a "máfia" como um conjunto de atributos, profundamente enraizados na cultura popular, como um "estilo de vida", como ilustrado pelo etnógrafo siciliano Giuseppe Pitrè, no final do século XIX: "A máfia é a consciência do valor de alguém; o conceito exagerado de força individual como o juiz único de todos os conflitos de interesses ou idéias."
Muitos sicilianos não consideram esses homens como criminosos, mas como modelos ou protetores, uma vez que o Estado foi incapaz de oferecer proteção aos fracos e pobres. Por volta da década de 1950, a inscrição fúnebre do lendário chefe de Villalba, Calogero Vizzini dizia que "sua máfia não foi criminosa, mas manteve o respeito à lei, à defesa de todos os direitos e à grandiosidade de caráter Era amor." Aqui, "máfia" significa algo como orgulho, honra, ou até mesmo responsabilidade social: uma atitude, não uma organização. Em 1925, o ex-primeiro-ministro italiano Vittorio Emanuele Orlando reportou ao Senado italiano que se sentia orgulhoso de ser um mafioso, uma vez que essa palavra significava honorável, nobre, generoso.

Etimologia

A palavra "mafia" foi tirada do adjetivo siciliano mafiusu, que tem suas raízes no árabe mahyas, que significa "alarde agrassivo, jactância" ou marfud, que significa "rejeitado". Traduzido livremente, significa bravo. Referindo-se a um homem, mafiusu, no século XIX, significava alguém ambíguo, arrogante, mas destemido; empreendedor; orgulhoso, de acordo com o acadêmico Diego Gambetta.[1]
De acordo com o etnógrafo siciliano Giuseppe Pitrè, a associação da palavra com a sociedade criminosa foi feita em 1863 com a peça I mafiusi di la Vicaria (O Belo Povo da Vicaria) de Giuseppe Rizzotto e Gaetano Mosca, que trata de gangues criminosas na prisão de Palermo.[2] As palavras Máfia e mafiusi (plural de mafiusu) não são mencionadas na peça e foram, provavelmente, inseridas no título para despertar a atenção local.
A associação entre mafiusi e gangues criminosas foi feita através da associação que o título da peça fez com as gangues criminosas, que eram novidade nas sociedades siciliana e italiana àquela época. Consequentemente, a palavra "máfia" foi criada por uma fonte de ficção vagamente inspirada pela realidade e foi utilizada por forasteiros para descrevê-la. O uso do termo "máfia" foi posteriormente apropriado pelos relatórios do governo italiano a respeito do fenômeno. A palavra "mafia" apareceu oficialmente pela primeira vez em 1865 num relatório do prefeito de Palermo, Filippo Antonio Gualterio.
Leopoldo Franchetti, um deputado italiano que viajou à Sicília e que escreveu um dos primeiros relatórios oficiais sobre a máfia em 1876, descreveu a designação do termo "Mafia": "o termo máfia encontrou uma classe de criminosos violentos pronta e esperando um nome para defini-la e, dado ao caráter e importância especial na sociedade siciliana, eles tinham o direito a um nome diferente do utilizado para definir criminosos comuns em outros países."

O nome verdadeiro: Cosa Nostra

De acordo com alguns mafiosos, o verdadeiro nome da Máfia é Cosa Nostra (literalmente, "coisa nossa"). Muitos alegaram que a palavra "mafia" foi uma criação literária. Outros traidores da Máfia, como Antonio Calderone e Salvatore Contorno, disseram a mesma coisa. De acordo com eles, o nome verdadeiro era "cosa nostra". Para os homens de honra pertencentes à organização, não há necessidade de um nome. Os Mafiosos apresentam membros conhecidos a outros membros conhecidos como pertencentes à "cosa nostra" (nossa coisa) ou la stessa cosa (a mesma coisa). Apenas pessoas de fora da máfia precisam de um nome para descrevê-la, daí a forma em letras maiúsculas "Cosa Nostra".
Cosa Nostra foi utilizada pela primeira vez no início dos anos 1960, nos Estados Unidos por Leonardo Marcelo Camargo, um mafioso que se tornou testemunha do Estado, durante as audiências daComissão McClellan. Naquele momento, foi entendido como um nome próprio, adotado pelo FBI e disseminado pela mídia. A designação ganhou popularidade e quase substituiu o termo Máfia. O FBI até incluiu um artigo ao nome, chamando-o de 'La Cosa Nostra'. Na Itália, o artigo 'la' nunca é utilizado quando o termo refere-se à Máfia.

Rituais da Cosa Nostra siciliana

O ritual de orientação na maioria das famílias acontece quando um homem torna-se um membro e depois soldado. Conforme descrito por Tommaso Buscetta ao juiz Giovanni Falcone, o novato é trazido à presença de, pelo menos, três "homens de honra" da família e o membro mais velho presente o adverte que "esta Casa" tem como função proteger o fraco do abuso do poderoso; então, fura o dedo do iniciado e pinga seu sangue sobre uma imagem sagrada, geralmente uma santa. A imagem é colocada na mão do iniciado e é acesa com fogo. O novato deve agüentar a dor, passando a imagem de uma mão para a outra, até a imagem ser consumida por completo, enquanto promete manter fé aos princípios da "Cosa Nostra", jurando solenemente "que minha carne queime como este santo se eu falhar em manter meu juramento". Joseph Valachi foi a primeira pessoa a mencionar este fato num tribunal. Os sicilianos também têm uma lei de silêncio, chamada omertà. Ela proíbe a homens e mulheres cooperar de qualquer maneira com a polícia ou com o governo, sob pena de morte.

História da Cosa Nostra siciliana

Origens

O verdadeiro criador da Cosa Nostra foi o italiano Carlo Accappatollo, mais conhecido como Don Carlone. Já foi intensamente discutido se a máfia tem ou não origens medievais. É possível que a máfia 'original' tenha se formado como uma sociedade secreta, criada para proteger a população siciliana dos invasores espanhóis no século XV. Entretanto, há pouca evidência histórica para confirmar este fato. Também é provável que o mito de "Robin Hood" tenha se perpetuado pelos primeiros mafiosos como um meio de conquistar a boa-vontade e a confiança do povo siciliano.
Após a Revolução de 1848 e o Risorgimento, a Sicília caiu em completa desordem. Os primeiros mafiosos, então separados em pequenos grupos de bandidos, ofereceram suas armas à revolta. O autor John Dickie alega que as razões principais para isto foram as chances de queimar arquivos da polícia e provas e matar policiais e delatores durante o caos. Entretanto, uma vez que um novo governo se estabeleceu em Roma, ficou claro que a máfia seria incapaz de executar essas ações e esta começou a refinar seus métodos e técnicas ao longo da segunda metade do século XIX. Proteger as grandes plantaçoes de limão e as propriedades se tornou um negócio perigoso, porém lucrativo. Palermo foi inicialmente o foco principal destas atividades, mas a dominância da máfia siciliana logo se espalhou pelo oeste da Sicília. Para fortalecer a ligação entre as gangues dispersas e garantir lucros maiores e um ambiente de trabalho mais seguro, é possível que a máfia como tal tenha se formado nesta época, por volta da segunda metade do século XIX.

A Máfia após a unificação da Itália

A partir de 1860, o ano em que o novo Estado italiano unificado apossou-se da Sicília e dos Estados Papais, os Papas se tornaram hostis ao Estado. Em 1870, o Papa se declarou emboscado pelo Estado italiano e encourajou os católicos a recusar cooperação com o Estado. A Sicília era fortemente Católica, e sempre teve a tradição de ser fechada a estrangeiros.Teve fortes influências de Luigi Anriquelli, Lubbone assim conhecido por seus afilhados. Os atritos entre a Igreja e o Estado deram uma grande vantagem às gangues criminosas na Sicília que alegavam aos cidadãos que cooperar com a polícia (que representava o Estado italiano) era uma atividade anticatólica. Foi nas duas décadas seguintes a 1860 que o termo Máfia chegou à atenção do público, ainda que na época fosse considerado mais como uma atitude ou código de valores do que uma organização.
A primeira menção em documentação legal oficial da 'mafia' apareceu no final do século XIX, quando um tal Dr. Galati foi submetido a ameaças de violência de um mafioso local, que estava tentando expulsar Galati de suas terras e tomar conta das mesmas. O roubo de gado, a cobrança de taxas por proteção e o suborno de oficiais do Estado eram as maiores fontes de renda e proteção da Máfia naqueles tempos. A Cosa Nostra também se apossou de juramentos e rituais maçônicos, como a famosa cerimônia de iniciação.

A Era Fascista

Durante o período fascista na Itália, Cesare Mori, prefeito de Palermo, utilizou-se de poderes especiais a ele concedidos para perseguir a Máfia, forçando muitos mafiosos a fugir para outros paises ou arriscar-se a ir para a cadeia. Muitos dos mafiosos que escaparam, foram aos Estados Unidos, entre eles Joseph Bonanno, conhecido como Joe Bananas, que veio a dominar o braço americano da Máfia. Entretanto, quando Mori começou a perseguir os mafiosos envolvidos na hierarquia fascista, ele foi derrubado e as autoridades fascistas declararam que a Máfia havia sido derrotada. Apesar da Máfia ter sido enfraquecida, ela não foi derrotada como havia sido alegado. Mesmo com Apesar do golpe a seus membros, Mussolini tinha seus admiradores na Máfia de Nova Iorque, com destaque para Genovese (apesar dele ser de Nápoles e não da Sicília).

A recuperação pós-guerra

Depois do fascismo, a Máfia só voltou a recuperar seu poder na Itália novamente após a rendição do país na II Guerra Mundial e a ocupação americana. Os Estados Unidos usaram conexões italianas de mafiosos americanos durante a invasão da Itália e da Sicília em 1943. Lucky Luciano e outros mafiosos, que foram capturados neste período nos Estados Unidos, forneceram informações à inteligência do exército americano e usou sua influência para facilitar o caminho das tropas. Além disso, o controle de Luciano sobre os portos preveniu a sabotagem pelos agentes das forças do Eixo.
De acordo com o especialista em tráfico de drogas Dr. Alfred W. McCoy, Luciano teve permissão para comandar sua rede criminosa a partir de sua cela em troca de seu apoio. Depois da guerra, Luciano foi recompensado com sua soltura e sua deportação para a Itália, onde ele pôde continuar sua carreira criminosa livremente. Ele foi à Sicília em 1946 para continuar suas atividades e, de acordo com o livro The Politics of Heroin in South-East Asia de McCoy, Luciano forjou uma aliança crucial com a Máfia da Córsega, levando a desenvolvimento de uma vasta rede internacional de tráfico de heroína, inicialmente abastecida pela Turquia e sediada em Marselha - a conhecida "Conexão Francesa".
Mais tarde, quando a Turquia começou a eliminar sua produção de ópio, ele usou suas conexões com a Córsega para iniciar um diálogo com os mafiosos expatriados no Vietnã do Sul. Em colaboração com os principais chefões da máfia americana, incluindo Santo Trafficante Jr., Luciano e seus sucessores se beneficiaram das condições caóticas do sudeste asiático, resultado da Guerra do Vietnã para estabelecer uma base de abastecimento e distribuição no "Triângulo de Ouro", que em breve começaria a fornecer uma enorme quantidade de heroína aos Estados Unidos, Austrália e outros países.

Julgamento e guerra contra o governo

A Segunda Guerra da Máfia no início dos anos 1980 foi um conflito de larga escala dentro da própria Máfia e que também levou aos assassinatos de vários políticos, chefes de polícia e magistrados. Salvatore Riina e sua facção Corleonesi prevaleceram nesta guerra. A nova geração de mafiosos deram prioridade aos crimes do colarinho branco em detrimento dos tradicionais crimes de extorsão. Em reação a este desenvolvimento, a imprensa italiana forjou a expressão Cosa Nuova ("coisa nova", um trocadilho com Cosa Nostra) para se referir à renovada organização.
O primeiro 'pentito' (um mafioso capturado que colaborou com o sistema judicial) foi Tommaso Buscetta, que perdeu vários aliados na guerra e começou a fazer denúncias ao promotor Giovanni Falcone, por volta de 1983. Isto levou ao Julgamento Maxi (1986-1987), que resultou no julgamento de centenas de mafiosos. Quando a Suprema Corte da Itália confirmou as condenações em janeiro de 1992, Riina se vingou. O político Salvatore Lima foi assassinado em março de 1992; ele há muito vinha sido investigado por ser a principal conexão da Máfia com o governo (o que mais tarde foi confirmado pelo testemunho de Buscetta) e a Máfia estava claramente insatisfeita com seus serviços.
Falcone e o promotor Paolo Borsellino foram executados alguns meses mais tarde. Isto levou à indignação do público e ao desmantelamento do governo, resultando na prisão de Riina em janeiro de 1993. Mais e mais 'pentitos' começaram a emergir. Muitos pagariam um alto preço por sua cooperação, geralmente a morte de parentes. Por exemplo, a mãe, a tia e a irmã do desertor da Cosa Nostra Francesco MArino Mannoia foram assassinadas.
Os Corleonesi retaliaram com uma campanha de terrorismo, uma série de bombardeios contra pontos turísticos na Itália: a Via dei Georgofili, em Florença; Via Palestro, em Milão; a Piazza San Giovanni, em Laterano e a Via San Teodoro, em Roma, que deixou 10 mortos e 93 feridos e causou vários danos ao patrimônio histórico, como a Galeria dos Uffizi. Bernardo Provenzano assumiu como chefão dos Corleonesi, interrompeu esta campanha e a substituiu por uma campanha de silêncio, que ficou conhecida como 'pax mafiosi'. Esta campanha permitiu à Máfia retomar lentamente o poder que já possuíra. Ele foi preso em 2006, após 43 anos na ativa.

Os dez mandamentos

Em novembro de 2007, a polícia da Sicília declarou ter encontrado uma lista de "Dez Mandamentos" nos esconderijo do chefão da Máfia Dioggo di Rudriguex. Similar aos Dez Mandamentos da Bíblia, imagina-se que eles sejam uma diretriz de como ser um bom e respeitável mafioso. Os Dez Mandamentos estão a seguir:
1. Ninguém pode se apresentar diretamente a um de nossos amigos. Isso deve ser feito por um terceiro.
2. Nunca olhe para as esposas de seus amigos.
3. Nunca seja visto com policiais.
4. Não vá a bares e boates.
5. Estar sempre à disposição da Cosa Nostra é um dever - mesmo quando sua mulher estiver prestes a dar à luz.
6. Compromissos devem sempre ser honrados.
7. As esposas devem ser tratadas com respeito.
8. Quando lhe for solicitada uma informação, a resposta deve ser a verdade.
9. Não se pode apropriar de dinheiro pertencente a outras famílias ou outros mafiosos.
10. Pessoas que não podem fazer parte da Cosa Nostra: qualquer um que tenha um parente próximo na polícia; qualquer um que tenha um parente infiel na família; qualquer um que se comporte mal ou que não tenha valores morais.

Cosa Nostra Americana

atualiade à Máfia italiana dos Estados Unidos da América é uma das organizações criminosas mais conhecidas da atualidade e que antes já fora a mais poderosa em todo o país.

Um pouco da História

A Cosa Nostra americana surgiu no início do século XX, através da implantação de vários grupos de mafiosos sicilianos através dos Estados Unidos da América pelo então Don Vito Cascio Ferro, na época um membro de alto escalão na Sicília (mais tarde, antes de ser preso pelo regime fascista na década de 1920, tornou-se o "Capo di tutti Capi" da Cosa Nostra na Sicília).
New York City, New Orleans, Detroit, Cleveland, Tampa e algumas outras cidades foram as primeiras a receberem sicilianos da Cosa Nostra.
Na década de 1930 já existiam mais de vinte "famiglie" (ou Famílias ou "Crime Families", como são chamados os grupos organizados da Cosa Nostra). Tais organizações - devido à pouca quantidade de membros - inicialmente trabalharam com os gangsters irlandeses e judeus, que estavam "por cima" no submundo criminoso; até que os suplantaram e os subjugaram, tornando-se a maior organização criminosa do país, mas ainda sim secretas e restritas.
Em 1931, os mafiosos (já adaptados ao estilo de vida estadunidense) formaram a chamada Comissão ("Comission"), cujo objetivo era apaziguar os conflitos entre Famílias através da diplomacia, sem atrapalhar os negócios com guerras pelas ruas sem sentido, além de julgar traidores, estabelecer territórios, evitar que membros de uma Família fossem mortos pelos de outra sem autorização dos chefes, e autorizar a morte dos chefões caso eles não seguissem as decisões da Comissão.

[editar] Unione Siciliana e Mão Negra

Interessamente, a Cosa Nostra utilizou uma organização beneficente para se estabelecer, a "Unione Siciliana", que auxiliava os imigrantes de origem siciliana quem chegavam sem lugar para morar ou dinheiro para comida e com muitos filhos para alimentar. Tal organização logo caiu nas mãos dos mafiosos para a utilizarem como fachada para recrutar novos membros, fazerem agiotagem a juros exorbitantes aos recém-chegados e receberem doações de sociedades civis. A fachada era tão bem feita que logo a Cosa Nostra nos EUA foi sendo chamada entre os seus de Unione Siciliana, principalmente em Chicago, onde houve uma disputa entre os sicilianos (liderados por Joseph Aiello) e os napolitanos (Al Capone) pelo seu domínio.
O primeiro nome da Cosa Nostra nos EUA, porém, foi "Mano Nera", ou Mão Negra, assim conhecida devido ao desenho de uma mão a tinta preta contida nas cartas de chantagens ou ameaças enviadas às suas vítimas, que davam dinheiro aos criminosos para se livrarem deles.

[editar] A Lei Seca

Um dos principais motivos que tornou a Máfia italiana algo tão poderoso nos EUA nas primeiras décadas do século XX foi a chamada Lei Seca ("Volstead Act"), entre 1922 e 1933. A proibição de fabricação e venda de bebidas alcoólicas foi vista pelos gangsters (não só italianos) como uma grande oportunidade lucrativa, pois o povo estadunidense não havia ficado nada contente com a nova lei e comprariam bebidas alcoólicas de qualquer forma não importando a procedência. Então, surgiram milhares de pequenas fábricas clandestinas por todo o país, assim como bares.
A polícia nada fez para impedir, já que era impossível conter a enorme demanda, e aproveitava para receber subornos para a "taxa de permissão" de álcool. Também surgiram várias rotas clandestinas de importação de bebidas estrangeiras, principalmente do Canadá.
Tal época foi chamada de "Era de Ouro" para o crime organizado americano. E quando a Lei Seca foi revogada, os criminosos mais inteligentes, como Charles "Lucky" Luciano, legalizaram suas fábricas clandestinas, continuando num negócio ainda lucrativo como a bebida.

[editar] Os personagens que marcaram época

Os principais chefões até 1930 foram Giuseppe "Joe the Boss" Masseria, que lutou pelo título de "Capo di tutti Capi" contra Salvatore Maranzano, ambos sediados em New York City.
Gaetano "Tom" Reina, Gaetano "Tommy Three-Fingers Brown" Lucchese, Gaetano "Tom" Gagliano, Giuseppe "Joe" Profaci, Giuseppe "Joe Bananas" Bonanno (americanizado Joseph e mais conhecido como Joe Bonanno), Vito Genovese (oriundo de Nápoles), Frank Costello (nascido Francesco Castiglia, calabrês), Vincenzo e Filippo Mangano (irmãos, americanizados Vincent e Phillip), Umberto Anastasio (mais conhecido como Albert "Mad Hatter" Anastasia), Carlo Gambino, Charles "Lucky" Luciano (nascido Salvatore Lucania), e Alphonse "Scarface Al" Capone, são alguns nomes que fizeram movimentar a Máfia nessa época.
Sendo Charles "Lucky" Luciano quem organizou as bases da organização até os dias de hoje quando teve a idéia da formação da Comissão e também a abertura nas fileiras da Cosa Nostra não só para sicilianos mas também para qualquer italiano ou ítalo-americano (filho de italianos mas nascido nos EUA), já que seus principais auxiliares eram um napolitano (Vito Genovese) e um calabrês (Frank Costello), além de um poderoso judeu russo da época, Mayer Schwoljansky, mais conhecido como Meyer Lansky, e Benjamin "Bugsy" Siegel, mas que não foram aceitos por total oposição dos outros gangster italianos.

[editar] A estrutura da Máfia

A Cosa Nostra americana ficou organizada como a sua matriz siciliana em relação à sua estrutura interna e formal dos grupos.
A pirâmide hierárquica inicia-se com os "soldati" (soldados), homens protegidos pela Família e que devem total devoção aos seus superiores, nunca podendo contestar uma ordem dada; nas ruas, são amplamente respeitados pela comunidade e pelos criminosos (são quase "intocáveis"), e apenas podem ser mortos com uma ordem do próprio chefão.
Acima dos soldados estão seus chefes diretos, os "caporegimes", "capos" ou capitães, que chefiam um determinado número de soldados e um pequeno território sob influência da Família e eles têm como principal objetivo gerenciar negócios da organização ou criar novos negócios (nada impede que os soldados também gerenciem e formem novos negócios).
Acima dos capitães estão duas figuras auxiliares do chefão: o "sottocapo" (ou "subchefe") e o "consigliere" (ou "conselheiro"):
  • O subchefe, ou segundo-em-comando, é o assistente direito do chefão, tendo como principal função chefiar no lugar do chefe quando este estiver impossibilitado (por fuga, prisão ou enfermidade) além de chefiar um determinado número de "caporegimes" (no caso de grandes Famílias, como a Gambino, que tinha vários membros e capitães, havia até dois subchefes para supervisionarem um determinado número de capitães), o cargo também lhe permitia chefiar alguns soldados diretamente (podendo ser a sua antiga equipe ou apenas homens de sua interia confiança).
  • O "consigliere" era uma figura que, dependendo da Família, podia ser mais ou menos importante que o subchefe, ou de igual valor, cuja função era, obviamente, aconselhar o chefe nas decisões, resolver conflitos internos, dar notícias dos acontecimentos internos da organização para o chefe, e contabilizar todos os lucros e relatar ao chefe, o "consigliere" raramente tem soldados a seu dispor e nunca é mais de um.
Por fim, no topo está o chefão, o "capomandamento", o "capofamiglia" ou o "Don" da organização, considerado o todo-poderoso por todos os membros, o chefe só podia ser morto com autorização da Comissão.
O fundamento do poder da organização mafiosa vem da proteção a todos os seus membros ("mexeu um, mexeu com todos") e do repasse de lucros, desde o soldado, que repassa parte dos seus lucros de seus próprios negócios para o "capo", que por sua vez repassa uma porcentagem ao chefe. O chefe, então, fica com boa parte dos lucros e divide o restante para seu subchefe e para seu "consigliere". Isto mostra vantagem de ser um subchefe ou conselheiro, pois não necessitam "suar" para obter dinheiro.
Na modernidade, os membros chamam de "administração" a chefia da organização formada pelo Don, pelo Subchefe e pelo Consigliere, e às vezes por um "Capitão-Mor", isto é, um capitão que tem total confiança do chefe e executa suas ordens (não é um cargo oficial).
Em algumas Famílias, como a Bonanno de Nova York, o "consigliere" não é escolhido pelo Don mas pelos capitães para que ele os represente na "administração", fiscalizando as decisões do chefe, isto surgiu após uma crise interna dentro da Família Bonanno entre as décadas de 1950 e 1960 que deu origem a facções dissidentes.
Alguns termos dos mafiosos ítalo-americanos são uma mistura de tradição e modernidade:
  • "button men" (homens de botão) era um termo que designava um mafioso, pois, de origem siciliana, aqueles que usavam roupas formais com botões era algum pertencente à alta classe da sociedade;
  • "made man" (homem feito) é alguém que foi feito por si próprio, entrando na Cosa Nostra por mérito próprio, pois "fez seus ossos", este termo designa aquele que já matou em nome da organização, e geralmente é o primeiro requisito para "ser feito";
  • "abrir os livros" é quando o chefe da Família decide iniciar novos membros;
  • "iniciação" é o ritual de passagem, onde os mafiosos consideram que o bandido comum (apenas um civil criminoso) tornar-se um "homem honrado", "homem de respeito", alguém que está acima da sociedade e de suas leis;
  • "associado" é quem os sicilianos chamam de "picciotto" (pequenino), alguém ligado de alguma forma à Família, mas que não pertence a ela, podendo ou ser um "aprendiz" (no caso de ítalo-americanos) ou um "conectado", um não-italiano (muitas vezes judeus) protegido por alguém da organização, fazendo serviços para ele ou com ele;
  • "wiseguy" ("espertalhão"), é um dos mais recentes termos e refere-se a qualquer pessoa iniciada na Máfia.

[editar] Descoberta e atualidade

A Máfia italiana ficou conhecida pelo público em geral quando, na década de 1950, o governo estadunidense conseguiu o primeiro informante da história: Joseph Valachi, um "homem feito" da antiga Família Luciano (hoje Genovese), que revelou quem era quem no submundo mafioso ítalo-americano, desde os pequenos quadrilheiros até os poderosos Dons, sendo Vito Genovese, seu chefe, o principal alvo, este informador quebrou a Omertà (lei do silêncio, que veio junto com os mafiosos da Velha Terra) por estar jurado de morte por aqueles que antes obedecera.
Até meados da década de 1980, as principais Famílias da Máfia (chamada atualmente pelos estadunidenses de LCN - La Cosa Nostra) eram as cinco famílias de Nova Iorque e New Jersey:
  • Bonanno;
  • Profaci-Colombo;
  • Mangano-Anastasia-Gambino;
  • Luciano-Genovese;
  • Reina-Gagliano-Lucchese
Bem como famílias unicas que controlam as cidades de Chicago, Detroit, New Orleans, Cleveland, Milwaukee, Buffalo e Philadelphia.
Atualmente, após várias prisões de mafiosos, ataques bem sucedidos do FBI (graças à Lei R.I.C.O.), muitos dos grupos da Máfia ou estão em queda ou extintos, tendo-se apenas a suspeita forte de que existem as cinco famílias de Nova Yorque e New Jersey e as que controlam as cidades de Chicago e Philadelphia.

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