Bem vindo ao meu blog

Salve, esse é um blog dedicado aos verdadeiros Gangstas e gangueiros, aqueles que sempre tão buscando alguma informação sobre A cultura Gangsta, aonde surgiu por que e quem foram os personagens responsaveis pelo surgimento desse estilo de vida, vão saber que isso em muitos lugares é coisa seria, e não basta simplesmente por uma bandana no rosto e dizer que é membro de uma gangue, voce tem que conhecer as ruas, tem que respirar o perigo , tem que conhecer e respeitar cada personagem nesse jogo e pra isso você precisa de informação, e informação é o que não faltará nesse blog, sobre tudo o que voce procura e tambem sobre o que voce ainda tem que aprender sobre o verdadeiro "Gangsta lifestyle"

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Emiliano Zapata - Historia




Emiliano Zapata

Emiliano Zapata Salazar (San Miguel Anenecuilco, México, 8 de agosto de 1879Chinameca, 10 de abril de 1919) foi um líder importante na chamada Revolução Mexicana de 1910 contra a ditadura de Porfirio Díaz. Considerado um dos heróis nacionais mexicanos, Zapata é também a inspiração para o movimento zapatista, iniciado no estado de Chiapas.

Juventude e política local

Zapata nasceu no pequeno estado mexicano de Morelos, no vilarejo de San Miguel Anenecuilco (atual Ciudade Ayala). Naquele tempo o México era dominado pela ditadura de Porfirio Díaz, que ascendeu ao poder em 1876.
A sociedade proto-capitalista e em muitos aspectos feudal ainda era predominante no México, com grandes fazendas (haciendas) avançando sobre as comunidades indígenas independentes (pueblos); os indígenas geralmente caíam sob a escravidão por dívida (peonagem), indo trabalhar nas haciendas. Porfirio Díaz de vez em quando promovia eleições locais para pacificar os peões, mantendo-se a frente do governo nacional que havia praticamente usurpado. Díaz deu a amigos e associados os cargos mais importantes no país, e sob ordens destas pessoas, cada vez mais se concentrava a terra em propriedade de poucos.



A família de Zapata, apesar de não ser rica, mantinha-se independente. Nunca foi realmente ameaçada de pobreza, evitando a peonagem e mantendo sua própria terra (ranchero). Em gerações anteriores os Zapata haviam até mesmo sido "porfiristas", ou seja, haviam dado suporte a Díaz. O próprio Emiliano tinha reputação de andar sempre bem vestido, comparecendo a touradas e rodeios com seu elaborado visual charro. Conquanto sua extravagância normalmente o associaria ao hacendados, que controlavam as fazendas, Zapata parece ter mantido a simpatia, admiração e até mesmo adoração pelas pessoas de sua localidade natal, e assim com cerca de 30 anos a ele foi confiada uma chefia do vilarejo, posto que lhe tornou porta-voz dos interesses de Anenecuilco.
Apesar de não ser indígena puro (tinha ancestrais espanhóis e era considerado, por isso, mestiço), Zapata rapidamente se envolveu nas lutas dos indígenas do estado de Morelos. Ele foi capaz de supervisionar redistribuições de terras em algumas haciendas, tendo dificuldades para fazer isso em outras. Zapata observou numerosos conflitos entre os habitantes dos vilarejos e hacendados, invariavelmente causados pelo roubo de terras cometido por hacendados. Numa ocasião fatídica, viu os hacendados incendiarem um vilarejo inteiro.
Por muitos anos Zapata manteve-se firme em campanha pelos direitos dos habitantes do vilarejo, primeiro através da recuperação de antigos títulos de propriedade, e depois pela pressão por atitudes sobre o governo de Morelos. Finalmente, desanimado com a falta de ações do governo e com os privilégios dados aos ricos fazendeiros, Zapata começou a fazer uso da força armada, simplesmente se apossando das terras em disputa.

A revolução de 1910

Nessa época Porfirio Díaz estava tendo que se preocupar com a candidatura de Francisco Madero, capitalista liberal com plenas condições de removê-lo do poder e provocar mudanças genuínas nos rumos do país. Zapata fez alianças secretas com Madero.
Em 1910, as agitações finalmente decantaram na formação de bandos guerrilheiros. Zapata rapidamente assumiu um papel importante, tornando-se o general de um exército formado em Morelos (o Ejército Libertador del Sur, Exército Libertador do Sul).
Zapata foi parcialmente influenciado por um anarquista do norte do México, Ricardo Flores Magón. A influência de Magón em Zapata pode ser sentida no Plano de Ayala (novembro de 1911), e ainda mais no lema adotado pelos zapatistas: Terra e liberdade! (Tierra y libertad!) — o título é máxima de um dos mais famosos escritos de Magón. A introdução de Zapata ao anarquismo aconteceu por obra de um professor local, Otilio Montano, que expôs a Zapata os trabalhos de Peter Kropotkin e Flores Magón no mesmo período em que o futuro líder revolucionário estava observando e tomando parte nos conflitos dos pequenos agricultores pela terra.
Díaz foi derrubado por Madero em 1911, em grande parte devido as rebeliões promovidas pelos peões. Zapata liderava os camponeses do sul e Pancho Villa liderava-os no norte. Madero havia prometido a reforma agrária e eleições para presidente, contudo boa parte dessas promessas ficou no papel. Insatisfeito com as atitudes de Madero e com a falta de apoio ao Plano de Ayala, Zapata não pode suportar a indicação para governador de um simpatizante dos grandes proprietários, e mobilizou novamente seu exército de libertação.
Madero, preocupado, pediu a Zapata o desarmamento e desmobilização do exército. Ao que Zapata respondeu que se as pessoas não poderiam obter seus direitos então, armadas como estavam, não teriam qualquer chance quando estivessem desarmadas. Madero enviou diversos generais para tentar neutralizar Zapata, mas com pouco sucesso.

Revolução contra Huerta e Carranza



General Emiliano Zapata em Cuernavaca (Abril 1911)
Madero foi logo destituído por Victoriano Huerta, um antigo general porfirista, que deu anistia a Díaz e controlou as frentes indígenas em luta pela reforma agrária. A reação dos camponeses a esse governante aumentou consideravelmente as forças armadas de Zapata, e também ajudou um novo grupo do norte: os villistas, comandados por Pancho Villa. Os Villistas eram compostos em maioria por simpatizantes de Madero, o que fez hesistar Zapata ante a um encontro com Villa (que inclusive havia rejeitado a idéia do Plano de Ayala, quando em contato com um zapatista na prisão).
A oposição a Huerta se consolidou com a entrada em cena de Venustiano Carranza, que liderou uma facção constitucionalista (o Exército Constitucionalista) que se aliou tanto a Villa quanto a Zapata. As forças unidas dos três se mostraram suficientes para derrubar Huerta, em julho de 1914. A seguir foi decidido que haveria uma convenção para escolha do novo presidente, à qual Zapata se negou comparecer, alegando que nenhum dos convocados havia sido eleito pelo povo. Os chefes do estado de Morelos enviaram uma delegação para apresentar o Plano de Ayala e acompanhar o desenvolvimento da convenção.
Carranza se fez chefe do governo pouco depois, o que se afigurou como mais um abuso. Inicialmente Carranza obteve lealdade de Álvaro Obregón, um comandante militar que deveria conter as guerrilhas zapatistas e villistas. Os zapatistas mantiveram-se mobilizados, mas com sérios problemas internos após anos de batalhas.
O governo de Carranza chegou a ponto de oferecer uma recompensa pela cabeça de Zapata, com objetivo de fazer o instável exército zapatista trair seu líder e desencorajar outros chefes zapatistas. Nenhum dos objetivos foi conseguido.

Morte e legado



O cadáver de Zapata é exibido em Cuautla, Morelos.
Em 9 de abril de 1919 o general Jesús Guajardo convidou Zapata para um encontro, fingindo simpatizar com a causa zapatista. Quando Zapata o encontrou, entretanto, Guajardo disparou diversas vezes contra ele; a seguir, entregou o corpo do chefe revolucionário em troca da recompensa oferecida (na verdade, metade do que havia sido oferecido).
Após a morte de Emiliano Zapata, o Exército de Libertação do Sul começou a desintegrar-se, desparacendo depois que uma rebelião comandada por Obregón depôs Carranza. As conquistas de Zapata no estado de Morelos foram aos poucos desaparecendo, também.
Mas, poucos anos após a morte de Zapata, o presidente Lázaro Cárdenas finalmente conseguiu promover uma reforma agrária nacional no ano de 1934.
O legado de Zapata permanece vivo ainda hoje, particularmente entre os grupos revolucionários do sul do México. Disse ele uma vez: "É melhor morrer de pé do que viver de joelhos".
Emiliano Zapata foi retratado em filmes por atuações de Marlon Brando (Viva Zapata!, 1952), Jaime Fernández (1966), Tony Davis, (1969), Antonio Aguilar (Emiliano Zapata, 1970), e Alejandro Fernández (Zapata - El sueño del héroe, 2004, com diálogos na língua Nahuatl).

Movimento zapatista

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Se procura outros significados, consulte Zapatista (desambiguação).


O Movimento Zapatista inspirou-se na luta de Emiliano Zapata contra o regime autocrático de Porfirio Díaz que encadeou a Revolução Mexicana em 1910. Os zapatistas tiveram mais visibilidade para o grande público a partir de 1 de janeiro de 1994 quando se mostraram para além das montanhas de Chiapas com capuzes pretos e armas nas mãos dizendo Ya Basta! (Já Basta!) contra o NAFTA (acordo de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá) que foi criado na mesma data.

O movimento defende uma gestão democrática do território, a participação direta da população, a partilha da terra e da colheita.

Histórico

Depois da revolução mexicana e a derrubada do regime ditatorial de Porfirio Díaz o México entrou em conflitos internos durante mais de duas décadas. No fim da revolução, o Partido Revolucionário Institucional (PRI) tomou o poder e controlou o país até as eleições de 2000, quando foi eleito o presidente Vicente Fox do Partido da Ação Nacional.
Um marco histórico para o movimento foi a marcha dos zapatistas percorrendo 6.000 quilômetros em 37 dias passando por 13 estados do México até à capital Cidade do México, onde tinha reunião marcada com o presidente Vicente Fox, contando com personalidades como José Saramago, Manuel Vázquez Montalbán, Bernard Cassen, Alain Touraine, Carlos Monsivais, Elena Poniatowska, Carlos Montemayor e Pablo González Casanova. Marcos disse que foi uma caminhada [1] "das montanhas do sudeste mexicano a construção de um novo mundo".
Naomi Klein em matéria para o The Guardian[2] não parecia nem um pouco com um líder-político com um discurso populista como a história da América Latina nos lembra bem, e sim, com a magia de um poeta.
Ao fim da marcha tinham uma reunião com o presidente Vicente Fox.
A mudança de estratégia dos zapatistas pode ser observada como um todo, desde a revolução mexicana em 1910 até ao começo dos "novos zapatistas" com o exército Zapatista EZLN onde tinham como fundamental a organização política e militar da população para a tomada revolucionária do poder e ao longo da década de 1990 predominam práticas, formas de organização, discursos e objetivos que têm a comunicação e a criação de mecanismos de participação, democracia com objetivo principal.
Em julho de 2005 os Zapatistas apresentaram a Sexta Declaração da Selva de Lancardona. Nesta nova declaração, o EZLN chamou todos para uma campanha nacional em oposição à campanha presidencial de 2005. Na preparação da campanha foram convidados mais de 600 organizações de esquerda, grupos indígenas e organizações não governamentais para viajar pelos 32 Estados mexicanos a fim de discutirem suas reivindicações.

Terras indígenas




As comunidades indígenas estão espalhadas por todos os Estados mexicanos com maior concentração nos Estados de Guerrero, Puebla, Oaxaca, Chiapas, Yucatan e no Estado do México. Os zapatistas concentram-se no sul e sudeste, principalmente Oaxaca e Chiapas. As áreas zapatistas do sul são montanhas e de difícil acesso, áreas estratégicas para a guerrilha zapatista como proteção contra o Exército Mexicano: existe a Serra de Madre do Sul, que se estende por 1.200 quilômetros pela costa sul, e a sudeste pela Cordilheira de Tehuantepec com 2.000 metros de altura e ao longo de 150 km em Oaxaca, além das montanhas: Pico de Orizaba, Serra Madre de Chiapas, Vulcão de Tacuma e Meseta Central.

 Línguas e dialetos

As línguas indígenas do México pertencem a três grupos: Hokano, Otomangue e Yutonahua. As línguas Hokanas são Seri, Tequistlateca e Yumana e são faladas nas regiões do oeste dos Estados Unidos, costa do Estado de Sonora e centro de Oaxaca. As línguas Otomangue são Amuzga, Chinanteca, Mixteca, Otopame, Popoloca chocholteco, Ixcateco, Mazateco e Popoloca, Tlapaneca, Zapoteca, faladas nas regiões da Serra Madre do Sul, na fronteira entre Guerrero e Oaxaca, noroeste de Oaxaca, Puebla, Guerrero, Veracruz, Querétaro, Hidalgo, Tlaxcala e Acapulco. As línguas Yutonahua são Corachol, Náhuatl, Pimana, Taracahita, e são faladas nas regiões de Nayarit, Jalisco, Estado do México, Durango, Guerrero, Michoacán, Morelos, Oaxaca, Puebla, San Luis Potosí, Tabasco, Tlaxcala e Veracruz. Em Chiapas predominam as línguas maias.

 Economia

Um dos princípios dos zapatistas é a autonomia, o que inclui a economia das cidades autônomas, cercadas por quartéis e pelo exército, os municípios rebeldes estabelecem formas de governo alternativas ao padrão mexicano. A economia das cidades zapatistas baseia-se na economia de produção e subsistência e também pela confecção de materiais indígenas à venda para turistas, toda a renda é controlada sem hierarquia, pelas Juntas de Bom Governo.

Exército Zapatista de Libertação Nacional




O EZLN é um grupo indígena, contudo não-violento, com inspirações Zapatistas com sede em Chiapas, o estado mais pobre do México. Incorpora tecnologias modernas como telefones via satélite e Internet como uma maneira de obter a sustentação local e estrangeira. Consideram-se parte do largo movimento de antiglobalização.
Sua voz mais visível, embora não seu líder, porque é um segundo-comandante — todos os comandantes são índios maias — é o subcomandante Marcos. O comunicado abaixo do subcomandante em 28 de março de 1994 explica o porque de esconder os rostos e porque todos os zapatistas dizem que se chamam "Marcos": "Marcos é gay em São Francisco, negro na África do Sul, asiático na Europa, hispânico em San Isidro, anarquista na Espanha, palestino em Israel, indígena nas ruas de San Cristóbal, roqueiro na cidade universitária, judeu na Alemanha, feminista nos partidos políticos, comunista no pós-guerra fria, pacifista na Bósnia, artista sem galeria e sem portfólio, dona de casa num sábado à tarde, jornalista nas páginas anteriores do jornal, mulher no metropolitano depois das 22h, camponês sem terra, editor marginal, operário sem trabalho, médico sem consultório, escritor sem livros e sem leitores e, sobretudo, zapatista no Sudoeste do México. Enfim, Marcos é um ser humano qualquer neste mundo. Marcos é todas as minorias intoleradas, oprimidas, resistindo, exploradas, dizendo ¡Ya basta! Todas as minorias na hora de falar e maiorias na hora de se calar e agüentar. Todos os intolerados buscando uma palavra, sua palavra. Tudo que incomoda o poder e as boas consciências, este é Marcos."

 Presença militar

O atual presidente Vicente Fox foi eleito em 2000 com um discurso dizendo que acabaria com o conflito com os zapatistas em 15 minutos. Depois de eleito, a história se repetia, os zapatistas ficaram de lado pelo governo novamente. Como o conflito não acabou, paramilitares vigiam as fronteiras das terras indígenas constantemente, controlando a entrada de "turísticas" e ativistas nas regiões zapatistas. O conflito não se agrava além de como está por causa das organizações internacionais de apoio a causa zapatista presentes nas áreas indígenas: Chiapas Human Rights Observer Project do Canadá, Zapatista students, Global Exchange, Barrio Warriors de Aztlan, Chiapas Coalition 98 dos Estados Unidos da América, Tactical Media Crew, Colectivo de Solidaridad con la Rebeli Zapatista de Barcelona da Espanha, Direkte Solidarit Chiapas da Alemanha, Korautnomedia chiapasa, Zapatista Solidarity Collective Melbourne da Austrália, Japanese solidarity do Japão, Chiapas Peace House Project da França, Comitê Avante Zapatistas! do Brasil, além de organizações locais de direitos humanos e da Anistia Internacional. Contudo, massacres como o de Acteal e presos políticos são constantes em terras indígenas.

 Massacre de Acteal

O Massacre de Acteal aconteceu em 22 de dezembro de 1997 no vilarejo de Acteal em Chiapas, 46 indígenas tzotziles entre eles 18 crianças, 22 mulheres e 6 homens foram mortos dentro da Igreja de Acteal. A comunidade zapatista local testemunha que 90 paramilitares supostamente membros da Máscara Roja (Máscara Vermelha) fizeram o massacre, durante uma operação que se prolongou por cerca de 7 horas, a curta distância de um posto militar. Os militares ali estacionados não intervieram por forma a evitar o massacre, existindo relatos de que na manhã seguinte alguns deles se encontravam na Igreja, lavando o sangue das paredes. Após indignação da comunidade zapatista, mais de 100 índigenas foram presos em Tuxtla Gutiérrez, capital de Chiapas.
Depois da investigação pela Procuradoria Geral da República do México, entre os supostos participantes na chacina estavam ex-oficiais do exército mexicano e de segurança pública, condenados a pouco mais de três anos de prisão
 Acordo de San Andrés
O Acordo de San Andrés sobre Direitos e Cultura Indígena foi um documento que o governo do México acordou com o Exército Zapatista de Libertação Nacional en 16 de fevereiro de 1996 em San Andrés Larráinzar, Chiapas para comprometer-se a modificar a Constituição do México e outorgar direitos aos povos indígenas sobre autonomia, justiça e igualdade.

 Plano Puebla-Panamá

O Plano Puebla-Panamá é financiado pelo Banco de Desenvolvimento das Américas [3], a proposta do Banco é a integração da região central da América atingindo as regiões de Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá e nove estados do México entre eles regiões autônomas zapatistas como Chiapas e Oaxaca. De acordo com o The Ecologist de Junho de 2001 [4] o projeto implica na evacuação de comunidades indígenas de suas terras para fazer estradas, aeroportos, centros industriais, plantações e áreas protegidas por bases militares

Cosa Nostra - historia


Cosa Nostra

A Cosa Nostra (também conhecida como Máfia), é uma sociedade criminosa secreta que se desenvolveu na primeira metade do século XIX na Sicília, Itália. A Cosa Nostra também se desenvolveu na costa Leste dos Estados Unidos e na Austrália no final do século XIX, seguindo as ondas de imigrantes do sul da Itália. Segundo Paolo Pezzino. "a Máfia é um tipo de crime organizado não apenas ativo em váris campos ilegais, mas também com tendências a exercer funções soberanas - normalmente pertencentes a autoridades públicas - sobre um território específico..."
Alguns estudiosos vêem a "máfia" como um conjunto de atributos, profundamente enraizados na cultura popular, como um "estilo de vida", como ilustrado pelo etnógrafo siciliano Giuseppe Pitrè, no final do século XIX: "A máfia é a consciência do valor de alguém; o conceito exagerado de força individual como o juiz único de todos os conflitos de interesses ou idéias."
Muitos sicilianos não consideram esses homens como criminosos, mas como modelos ou protetores, uma vez que o Estado foi incapaz de oferecer proteção aos fracos e pobres. Por volta da década de 1950, a inscrição fúnebre do lendário chefe de Villalba, Calogero Vizzini dizia que "sua máfia não foi criminosa, mas manteve o respeito à lei, à defesa de todos os direitos e à grandiosidade de caráter Era amor." Aqui, "máfia" significa algo como orgulho, honra, ou até mesmo responsabilidade social: uma atitude, não uma organização. Em 1925, o ex-primeiro-ministro italiano Vittorio Emanuele Orlando reportou ao Senado italiano que se sentia orgulhoso de ser um mafioso, uma vez que essa palavra significava honorável, nobre, generoso.

Etimologia

A palavra "mafia" foi tirada do adjetivo siciliano mafiusu, que tem suas raízes no árabe mahyas, que significa "alarde agrassivo, jactância" ou marfud, que significa "rejeitado". Traduzido livremente, significa bravo. Referindo-se a um homem, mafiusu, no século XIX, significava alguém ambíguo, arrogante, mas destemido; empreendedor; orgulhoso, de acordo com o acadêmico Diego Gambetta.[1]
De acordo com o etnógrafo siciliano Giuseppe Pitrè, a associação da palavra com a sociedade criminosa foi feita em 1863 com a peça I mafiusi di la Vicaria (O Belo Povo da Vicaria) de Giuseppe Rizzotto e Gaetano Mosca, que trata de gangues criminosas na prisão de Palermo.[2] As palavras Máfia e mafiusi (plural de mafiusu) não são mencionadas na peça e foram, provavelmente, inseridas no título para despertar a atenção local.
A associação entre mafiusi e gangues criminosas foi feita através da associação que o título da peça fez com as gangues criminosas, que eram novidade nas sociedades siciliana e italiana àquela época. Consequentemente, a palavra "máfia" foi criada por uma fonte de ficção vagamente inspirada pela realidade e foi utilizada por forasteiros para descrevê-la. O uso do termo "máfia" foi posteriormente apropriado pelos relatórios do governo italiano a respeito do fenômeno. A palavra "mafia" apareceu oficialmente pela primeira vez em 1865 num relatório do prefeito de Palermo, Filippo Antonio Gualterio.
Leopoldo Franchetti, um deputado italiano que viajou à Sicília e que escreveu um dos primeiros relatórios oficiais sobre a máfia em 1876, descreveu a designação do termo "Mafia": "o termo máfia encontrou uma classe de criminosos violentos pronta e esperando um nome para defini-la e, dado ao caráter e importância especial na sociedade siciliana, eles tinham o direito a um nome diferente do utilizado para definir criminosos comuns em outros países."

O nome verdadeiro: Cosa Nostra

De acordo com alguns mafiosos, o verdadeiro nome da Máfia é Cosa Nostra (literalmente, "coisa nossa"). Muitos alegaram que a palavra "mafia" foi uma criação literária. Outros traidores da Máfia, como Antonio Calderone e Salvatore Contorno, disseram a mesma coisa. De acordo com eles, o nome verdadeiro era "cosa nostra". Para os homens de honra pertencentes à organização, não há necessidade de um nome. Os Mafiosos apresentam membros conhecidos a outros membros conhecidos como pertencentes à "cosa nostra" (nossa coisa) ou la stessa cosa (a mesma coisa). Apenas pessoas de fora da máfia precisam de um nome para descrevê-la, daí a forma em letras maiúsculas "Cosa Nostra".
Cosa Nostra foi utilizada pela primeira vez no início dos anos 1960, nos Estados Unidos por Leonardo Marcelo Camargo, um mafioso que se tornou testemunha do Estado, durante as audiências daComissão McClellan. Naquele momento, foi entendido como um nome próprio, adotado pelo FBI e disseminado pela mídia. A designação ganhou popularidade e quase substituiu o termo Máfia. O FBI até incluiu um artigo ao nome, chamando-o de 'La Cosa Nostra'. Na Itália, o artigo 'la' nunca é utilizado quando o termo refere-se à Máfia.

Rituais da Cosa Nostra siciliana

O ritual de orientação na maioria das famílias acontece quando um homem torna-se um membro e depois soldado. Conforme descrito por Tommaso Buscetta ao juiz Giovanni Falcone, o novato é trazido à presença de, pelo menos, três "homens de honra" da família e o membro mais velho presente o adverte que "esta Casa" tem como função proteger o fraco do abuso do poderoso; então, fura o dedo do iniciado e pinga seu sangue sobre uma imagem sagrada, geralmente uma santa. A imagem é colocada na mão do iniciado e é acesa com fogo. O novato deve agüentar a dor, passando a imagem de uma mão para a outra, até a imagem ser consumida por completo, enquanto promete manter fé aos princípios da "Cosa Nostra", jurando solenemente "que minha carne queime como este santo se eu falhar em manter meu juramento". Joseph Valachi foi a primeira pessoa a mencionar este fato num tribunal. Os sicilianos também têm uma lei de silêncio, chamada omertà. Ela proíbe a homens e mulheres cooperar de qualquer maneira com a polícia ou com o governo, sob pena de morte.

História da Cosa Nostra siciliana

Origens

O verdadeiro criador da Cosa Nostra foi o italiano Carlo Accappatollo, mais conhecido como Don Carlone. Já foi intensamente discutido se a máfia tem ou não origens medievais. É possível que a máfia 'original' tenha se formado como uma sociedade secreta, criada para proteger a população siciliana dos invasores espanhóis no século XV. Entretanto, há pouca evidência histórica para confirmar este fato. Também é provável que o mito de "Robin Hood" tenha se perpetuado pelos primeiros mafiosos como um meio de conquistar a boa-vontade e a confiança do povo siciliano.
Após a Revolução de 1848 e o Risorgimento, a Sicília caiu em completa desordem. Os primeiros mafiosos, então separados em pequenos grupos de bandidos, ofereceram suas armas à revolta. O autor John Dickie alega que as razões principais para isto foram as chances de queimar arquivos da polícia e provas e matar policiais e delatores durante o caos. Entretanto, uma vez que um novo governo se estabeleceu em Roma, ficou claro que a máfia seria incapaz de executar essas ações e esta começou a refinar seus métodos e técnicas ao longo da segunda metade do século XIX. Proteger as grandes plantaçoes de limão e as propriedades se tornou um negócio perigoso, porém lucrativo. Palermo foi inicialmente o foco principal destas atividades, mas a dominância da máfia siciliana logo se espalhou pelo oeste da Sicília. Para fortalecer a ligação entre as gangues dispersas e garantir lucros maiores e um ambiente de trabalho mais seguro, é possível que a máfia como tal tenha se formado nesta época, por volta da segunda metade do século XIX.

A Máfia após a unificação da Itália

A partir de 1860, o ano em que o novo Estado italiano unificado apossou-se da Sicília e dos Estados Papais, os Papas se tornaram hostis ao Estado. Em 1870, o Papa se declarou emboscado pelo Estado italiano e encourajou os católicos a recusar cooperação com o Estado. A Sicília era fortemente Católica, e sempre teve a tradição de ser fechada a estrangeiros.Teve fortes influências de Luigi Anriquelli, Lubbone assim conhecido por seus afilhados. Os atritos entre a Igreja e o Estado deram uma grande vantagem às gangues criminosas na Sicília que alegavam aos cidadãos que cooperar com a polícia (que representava o Estado italiano) era uma atividade anticatólica. Foi nas duas décadas seguintes a 1860 que o termo Máfia chegou à atenção do público, ainda que na época fosse considerado mais como uma atitude ou código de valores do que uma organização.
A primeira menção em documentação legal oficial da 'mafia' apareceu no final do século XIX, quando um tal Dr. Galati foi submetido a ameaças de violência de um mafioso local, que estava tentando expulsar Galati de suas terras e tomar conta das mesmas. O roubo de gado, a cobrança de taxas por proteção e o suborno de oficiais do Estado eram as maiores fontes de renda e proteção da Máfia naqueles tempos. A Cosa Nostra também se apossou de juramentos e rituais maçônicos, como a famosa cerimônia de iniciação.

A Era Fascista

Durante o período fascista na Itália, Cesare Mori, prefeito de Palermo, utilizou-se de poderes especiais a ele concedidos para perseguir a Máfia, forçando muitos mafiosos a fugir para outros paises ou arriscar-se a ir para a cadeia. Muitos dos mafiosos que escaparam, foram aos Estados Unidos, entre eles Joseph Bonanno, conhecido como Joe Bananas, que veio a dominar o braço americano da Máfia. Entretanto, quando Mori começou a perseguir os mafiosos envolvidos na hierarquia fascista, ele foi derrubado e as autoridades fascistas declararam que a Máfia havia sido derrotada. Apesar da Máfia ter sido enfraquecida, ela não foi derrotada como havia sido alegado. Mesmo com Apesar do golpe a seus membros, Mussolini tinha seus admiradores na Máfia de Nova Iorque, com destaque para Genovese (apesar dele ser de Nápoles e não da Sicília).

A recuperação pós-guerra

Depois do fascismo, a Máfia só voltou a recuperar seu poder na Itália novamente após a rendição do país na II Guerra Mundial e a ocupação americana. Os Estados Unidos usaram conexões italianas de mafiosos americanos durante a invasão da Itália e da Sicília em 1943. Lucky Luciano e outros mafiosos, que foram capturados neste período nos Estados Unidos, forneceram informações à inteligência do exército americano e usou sua influência para facilitar o caminho das tropas. Além disso, o controle de Luciano sobre os portos preveniu a sabotagem pelos agentes das forças do Eixo.
De acordo com o especialista em tráfico de drogas Dr. Alfred W. McCoy, Luciano teve permissão para comandar sua rede criminosa a partir de sua cela em troca de seu apoio. Depois da guerra, Luciano foi recompensado com sua soltura e sua deportação para a Itália, onde ele pôde continuar sua carreira criminosa livremente. Ele foi à Sicília em 1946 para continuar suas atividades e, de acordo com o livro The Politics of Heroin in South-East Asia de McCoy, Luciano forjou uma aliança crucial com a Máfia da Córsega, levando a desenvolvimento de uma vasta rede internacional de tráfico de heroína, inicialmente abastecida pela Turquia e sediada em Marselha - a conhecida "Conexão Francesa".
Mais tarde, quando a Turquia começou a eliminar sua produção de ópio, ele usou suas conexões com a Córsega para iniciar um diálogo com os mafiosos expatriados no Vietnã do Sul. Em colaboração com os principais chefões da máfia americana, incluindo Santo Trafficante Jr., Luciano e seus sucessores se beneficiaram das condições caóticas do sudeste asiático, resultado da Guerra do Vietnã para estabelecer uma base de abastecimento e distribuição no "Triângulo de Ouro", que em breve começaria a fornecer uma enorme quantidade de heroína aos Estados Unidos, Austrália e outros países.

Julgamento e guerra contra o governo

A Segunda Guerra da Máfia no início dos anos 1980 foi um conflito de larga escala dentro da própria Máfia e que também levou aos assassinatos de vários políticos, chefes de polícia e magistrados. Salvatore Riina e sua facção Corleonesi prevaleceram nesta guerra. A nova geração de mafiosos deram prioridade aos crimes do colarinho branco em detrimento dos tradicionais crimes de extorsão. Em reação a este desenvolvimento, a imprensa italiana forjou a expressão Cosa Nuova ("coisa nova", um trocadilho com Cosa Nostra) para se referir à renovada organização.
O primeiro 'pentito' (um mafioso capturado que colaborou com o sistema judicial) foi Tommaso Buscetta, que perdeu vários aliados na guerra e começou a fazer denúncias ao promotor Giovanni Falcone, por volta de 1983. Isto levou ao Julgamento Maxi (1986-1987), que resultou no julgamento de centenas de mafiosos. Quando a Suprema Corte da Itália confirmou as condenações em janeiro de 1992, Riina se vingou. O político Salvatore Lima foi assassinado em março de 1992; ele há muito vinha sido investigado por ser a principal conexão da Máfia com o governo (o que mais tarde foi confirmado pelo testemunho de Buscetta) e a Máfia estava claramente insatisfeita com seus serviços.
Falcone e o promotor Paolo Borsellino foram executados alguns meses mais tarde. Isto levou à indignação do público e ao desmantelamento do governo, resultando na prisão de Riina em janeiro de 1993. Mais e mais 'pentitos' começaram a emergir. Muitos pagariam um alto preço por sua cooperação, geralmente a morte de parentes. Por exemplo, a mãe, a tia e a irmã do desertor da Cosa Nostra Francesco MArino Mannoia foram assassinadas.
Os Corleonesi retaliaram com uma campanha de terrorismo, uma série de bombardeios contra pontos turísticos na Itália: a Via dei Georgofili, em Florença; Via Palestro, em Milão; a Piazza San Giovanni, em Laterano e a Via San Teodoro, em Roma, que deixou 10 mortos e 93 feridos e causou vários danos ao patrimônio histórico, como a Galeria dos Uffizi. Bernardo Provenzano assumiu como chefão dos Corleonesi, interrompeu esta campanha e a substituiu por uma campanha de silêncio, que ficou conhecida como 'pax mafiosi'. Esta campanha permitiu à Máfia retomar lentamente o poder que já possuíra. Ele foi preso em 2006, após 43 anos na ativa.

Os dez mandamentos

Em novembro de 2007, a polícia da Sicília declarou ter encontrado uma lista de "Dez Mandamentos" nos esconderijo do chefão da Máfia Dioggo di Rudriguex. Similar aos Dez Mandamentos da Bíblia, imagina-se que eles sejam uma diretriz de como ser um bom e respeitável mafioso. Os Dez Mandamentos estão a seguir:
1. Ninguém pode se apresentar diretamente a um de nossos amigos. Isso deve ser feito por um terceiro.
2. Nunca olhe para as esposas de seus amigos.
3. Nunca seja visto com policiais.
4. Não vá a bares e boates.
5. Estar sempre à disposição da Cosa Nostra é um dever - mesmo quando sua mulher estiver prestes a dar à luz.
6. Compromissos devem sempre ser honrados.
7. As esposas devem ser tratadas com respeito.
8. Quando lhe for solicitada uma informação, a resposta deve ser a verdade.
9. Não se pode apropriar de dinheiro pertencente a outras famílias ou outros mafiosos.
10. Pessoas que não podem fazer parte da Cosa Nostra: qualquer um que tenha um parente próximo na polícia; qualquer um que tenha um parente infiel na família; qualquer um que se comporte mal ou que não tenha valores morais.

Cosa Nostra Americana

atualiade à Máfia italiana dos Estados Unidos da América é uma das organizações criminosas mais conhecidas da atualidade e que antes já fora a mais poderosa em todo o país.

Um pouco da História

A Cosa Nostra americana surgiu no início do século XX, através da implantação de vários grupos de mafiosos sicilianos através dos Estados Unidos da América pelo então Don Vito Cascio Ferro, na época um membro de alto escalão na Sicília (mais tarde, antes de ser preso pelo regime fascista na década de 1920, tornou-se o "Capo di tutti Capi" da Cosa Nostra na Sicília).
New York City, New Orleans, Detroit, Cleveland, Tampa e algumas outras cidades foram as primeiras a receberem sicilianos da Cosa Nostra.
Na década de 1930 já existiam mais de vinte "famiglie" (ou Famílias ou "Crime Families", como são chamados os grupos organizados da Cosa Nostra). Tais organizações - devido à pouca quantidade de membros - inicialmente trabalharam com os gangsters irlandeses e judeus, que estavam "por cima" no submundo criminoso; até que os suplantaram e os subjugaram, tornando-se a maior organização criminosa do país, mas ainda sim secretas e restritas.
Em 1931, os mafiosos (já adaptados ao estilo de vida estadunidense) formaram a chamada Comissão ("Comission"), cujo objetivo era apaziguar os conflitos entre Famílias através da diplomacia, sem atrapalhar os negócios com guerras pelas ruas sem sentido, além de julgar traidores, estabelecer territórios, evitar que membros de uma Família fossem mortos pelos de outra sem autorização dos chefes, e autorizar a morte dos chefões caso eles não seguissem as decisões da Comissão.

[editar] Unione Siciliana e Mão Negra

Interessamente, a Cosa Nostra utilizou uma organização beneficente para se estabelecer, a "Unione Siciliana", que auxiliava os imigrantes de origem siciliana quem chegavam sem lugar para morar ou dinheiro para comida e com muitos filhos para alimentar. Tal organização logo caiu nas mãos dos mafiosos para a utilizarem como fachada para recrutar novos membros, fazerem agiotagem a juros exorbitantes aos recém-chegados e receberem doações de sociedades civis. A fachada era tão bem feita que logo a Cosa Nostra nos EUA foi sendo chamada entre os seus de Unione Siciliana, principalmente em Chicago, onde houve uma disputa entre os sicilianos (liderados por Joseph Aiello) e os napolitanos (Al Capone) pelo seu domínio.
O primeiro nome da Cosa Nostra nos EUA, porém, foi "Mano Nera", ou Mão Negra, assim conhecida devido ao desenho de uma mão a tinta preta contida nas cartas de chantagens ou ameaças enviadas às suas vítimas, que davam dinheiro aos criminosos para se livrarem deles.

[editar] A Lei Seca

Um dos principais motivos que tornou a Máfia italiana algo tão poderoso nos EUA nas primeiras décadas do século XX foi a chamada Lei Seca ("Volstead Act"), entre 1922 e 1933. A proibição de fabricação e venda de bebidas alcoólicas foi vista pelos gangsters (não só italianos) como uma grande oportunidade lucrativa, pois o povo estadunidense não havia ficado nada contente com a nova lei e comprariam bebidas alcoólicas de qualquer forma não importando a procedência. Então, surgiram milhares de pequenas fábricas clandestinas por todo o país, assim como bares.
A polícia nada fez para impedir, já que era impossível conter a enorme demanda, e aproveitava para receber subornos para a "taxa de permissão" de álcool. Também surgiram várias rotas clandestinas de importação de bebidas estrangeiras, principalmente do Canadá.
Tal época foi chamada de "Era de Ouro" para o crime organizado americano. E quando a Lei Seca foi revogada, os criminosos mais inteligentes, como Charles "Lucky" Luciano, legalizaram suas fábricas clandestinas, continuando num negócio ainda lucrativo como a bebida.

[editar] Os personagens que marcaram época

Os principais chefões até 1930 foram Giuseppe "Joe the Boss" Masseria, que lutou pelo título de "Capo di tutti Capi" contra Salvatore Maranzano, ambos sediados em New York City.
Gaetano "Tom" Reina, Gaetano "Tommy Three-Fingers Brown" Lucchese, Gaetano "Tom" Gagliano, Giuseppe "Joe" Profaci, Giuseppe "Joe Bananas" Bonanno (americanizado Joseph e mais conhecido como Joe Bonanno), Vito Genovese (oriundo de Nápoles), Frank Costello (nascido Francesco Castiglia, calabrês), Vincenzo e Filippo Mangano (irmãos, americanizados Vincent e Phillip), Umberto Anastasio (mais conhecido como Albert "Mad Hatter" Anastasia), Carlo Gambino, Charles "Lucky" Luciano (nascido Salvatore Lucania), e Alphonse "Scarface Al" Capone, são alguns nomes que fizeram movimentar a Máfia nessa época.
Sendo Charles "Lucky" Luciano quem organizou as bases da organização até os dias de hoje quando teve a idéia da formação da Comissão e também a abertura nas fileiras da Cosa Nostra não só para sicilianos mas também para qualquer italiano ou ítalo-americano (filho de italianos mas nascido nos EUA), já que seus principais auxiliares eram um napolitano (Vito Genovese) e um calabrês (Frank Costello), além de um poderoso judeu russo da época, Mayer Schwoljansky, mais conhecido como Meyer Lansky, e Benjamin "Bugsy" Siegel, mas que não foram aceitos por total oposição dos outros gangster italianos.

[editar] A estrutura da Máfia

A Cosa Nostra americana ficou organizada como a sua matriz siciliana em relação à sua estrutura interna e formal dos grupos.
A pirâmide hierárquica inicia-se com os "soldati" (soldados), homens protegidos pela Família e que devem total devoção aos seus superiores, nunca podendo contestar uma ordem dada; nas ruas, são amplamente respeitados pela comunidade e pelos criminosos (são quase "intocáveis"), e apenas podem ser mortos com uma ordem do próprio chefão.
Acima dos soldados estão seus chefes diretos, os "caporegimes", "capos" ou capitães, que chefiam um determinado número de soldados e um pequeno território sob influência da Família e eles têm como principal objetivo gerenciar negócios da organização ou criar novos negócios (nada impede que os soldados também gerenciem e formem novos negócios).
Acima dos capitães estão duas figuras auxiliares do chefão: o "sottocapo" (ou "subchefe") e o "consigliere" (ou "conselheiro"):
  • O subchefe, ou segundo-em-comando, é o assistente direito do chefão, tendo como principal função chefiar no lugar do chefe quando este estiver impossibilitado (por fuga, prisão ou enfermidade) além de chefiar um determinado número de "caporegimes" (no caso de grandes Famílias, como a Gambino, que tinha vários membros e capitães, havia até dois subchefes para supervisionarem um determinado número de capitães), o cargo também lhe permitia chefiar alguns soldados diretamente (podendo ser a sua antiga equipe ou apenas homens de sua interia confiança).
  • O "consigliere" era uma figura que, dependendo da Família, podia ser mais ou menos importante que o subchefe, ou de igual valor, cuja função era, obviamente, aconselhar o chefe nas decisões, resolver conflitos internos, dar notícias dos acontecimentos internos da organização para o chefe, e contabilizar todos os lucros e relatar ao chefe, o "consigliere" raramente tem soldados a seu dispor e nunca é mais de um.
Por fim, no topo está o chefão, o "capomandamento", o "capofamiglia" ou o "Don" da organização, considerado o todo-poderoso por todos os membros, o chefe só podia ser morto com autorização da Comissão.
O fundamento do poder da organização mafiosa vem da proteção a todos os seus membros ("mexeu um, mexeu com todos") e do repasse de lucros, desde o soldado, que repassa parte dos seus lucros de seus próprios negócios para o "capo", que por sua vez repassa uma porcentagem ao chefe. O chefe, então, fica com boa parte dos lucros e divide o restante para seu subchefe e para seu "consigliere". Isto mostra vantagem de ser um subchefe ou conselheiro, pois não necessitam "suar" para obter dinheiro.
Na modernidade, os membros chamam de "administração" a chefia da organização formada pelo Don, pelo Subchefe e pelo Consigliere, e às vezes por um "Capitão-Mor", isto é, um capitão que tem total confiança do chefe e executa suas ordens (não é um cargo oficial).
Em algumas Famílias, como a Bonanno de Nova York, o "consigliere" não é escolhido pelo Don mas pelos capitães para que ele os represente na "administração", fiscalizando as decisões do chefe, isto surgiu após uma crise interna dentro da Família Bonanno entre as décadas de 1950 e 1960 que deu origem a facções dissidentes.
Alguns termos dos mafiosos ítalo-americanos são uma mistura de tradição e modernidade:
  • "button men" (homens de botão) era um termo que designava um mafioso, pois, de origem siciliana, aqueles que usavam roupas formais com botões era algum pertencente à alta classe da sociedade;
  • "made man" (homem feito) é alguém que foi feito por si próprio, entrando na Cosa Nostra por mérito próprio, pois "fez seus ossos", este termo designa aquele que já matou em nome da organização, e geralmente é o primeiro requisito para "ser feito";
  • "abrir os livros" é quando o chefe da Família decide iniciar novos membros;
  • "iniciação" é o ritual de passagem, onde os mafiosos consideram que o bandido comum (apenas um civil criminoso) tornar-se um "homem honrado", "homem de respeito", alguém que está acima da sociedade e de suas leis;
  • "associado" é quem os sicilianos chamam de "picciotto" (pequenino), alguém ligado de alguma forma à Família, mas que não pertence a ela, podendo ou ser um "aprendiz" (no caso de ítalo-americanos) ou um "conectado", um não-italiano (muitas vezes judeus) protegido por alguém da organização, fazendo serviços para ele ou com ele;
  • "wiseguy" ("espertalhão"), é um dos mais recentes termos e refere-se a qualquer pessoa iniciada na Máfia.

[editar] Descoberta e atualidade

A Máfia italiana ficou conhecida pelo público em geral quando, na década de 1950, o governo estadunidense conseguiu o primeiro informante da história: Joseph Valachi, um "homem feito" da antiga Família Luciano (hoje Genovese), que revelou quem era quem no submundo mafioso ítalo-americano, desde os pequenos quadrilheiros até os poderosos Dons, sendo Vito Genovese, seu chefe, o principal alvo, este informador quebrou a Omertà (lei do silêncio, que veio junto com os mafiosos da Velha Terra) por estar jurado de morte por aqueles que antes obedecera.
Até meados da década de 1980, as principais Famílias da Máfia (chamada atualmente pelos estadunidenses de LCN - La Cosa Nostra) eram as cinco famílias de Nova Iorque e New Jersey:
  • Bonanno;
  • Profaci-Colombo;
  • Mangano-Anastasia-Gambino;
  • Luciano-Genovese;
  • Reina-Gagliano-Lucchese
Bem como famílias unicas que controlam as cidades de Chicago, Detroit, New Orleans, Cleveland, Milwaukee, Buffalo e Philadelphia.
Atualmente, após várias prisões de mafiosos, ataques bem sucedidos do FBI (graças à Lei R.I.C.O.), muitos dos grupos da Máfia ou estão em queda ou extintos, tendo-se apenas a suspeita forte de que existem as cinco famílias de Nova Yorque e New Jersey e as que controlam as cidades de Chicago e Philadelphia.

Pablo Escocar, Cartel de cali e cartel de medelin - Historia




Cartel de Cáli

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Cartel de Cáli era um cartel de drogas situado na região sul da Colômbia, ao redor da cidade de Cáli. De acordo com algumas estimativas o Cartel de Cali controlou 80% das exportações de cocaína da Colômbia (após a separação do Cartel de Medellín devido a morte e captura de seu líderes entre eles o mais conhecido: Pablo Escobar) para os Estados Unidos. Gilberto Rodríguez Orejuela fundou o Cartel de Cali em 1970 em conjunto com José Santacruz Londoño.

Cartel de Medellín

apesar de não ser tão rígida, originária da cidade de Medellín, na Colômbia. Operou durante a década de 1970 e a década de 1980. Estima-se que o cartel chegou a faturar cerca de 60 milhões de dólares por mês e tinha cerca de 28 bilhões no total.
O Cartel de Medellín não foi fundado por Pablo Escobar, que a liderou até sua morte, mas sim por Juan David Ochoa, em 1978. Era responsável pela maior parte de exportações de drogas para o México, Porto Rico e Republica Dominicana. Outras figuras notáveis envolvidas ou conectadas ao cartel incluem a família Ochoa, Carlos Lehder e George Jung. Havia um conflito permanente com o Cartel de Cali e, a partir da década de 1980, com o governo colombiano.
O cartel perdeu muito de sua força e influência após a captura e morte de muitos de seus líderes, o que o levou a desaparecer enquanto entidade unificada, mas muitos de seus associados sobreviventes e antigos membros ainda continuam ativos no mundo das drogas.

Pablo Escobar


Pablo Emilio Escobar Gaviria (12 de janeiro, 19492 de dezembro, 1993) conquistou fama mundialmente como o senhor da droga colombiano, tornando-se um dos homens mais ricos do mundo graças ao tráfico de cocaína nos Estados Unidos e outros países. Membros dos governos norte-americano e colombiano, repórteres de jornais e o público em geral o consideram o mais brutal, impiedoso, ambicioso e poderoso traficante da história.

Vida

Escobar começou o que viria a ser uma das mais bem-sucedidas carreiras criminosas da história na adolescência como ladrão de carros na cidade de Medellín, Colômbia. Ele entrou no negócio da cocaína e começou a construir seu poderoso império das drogas na década de 1970. Durante os anos mais prósperos, ele chegou a faturar cerca de um milhão de dólares por dia de seus revendedores.
Na década de 1980, Escobar tornou-se conhecido internacionalmente e sua rede de distribuição de drogas ganhou notoriedade. Dizem que o Cartel de Medellín era responsável pela maior parte das drogas que entravam no México, Porto Rico e República Dominicana, com cocaína comprada principalmente do Peru e da Bolívia, já que a cocaína colombiana era de qualidade inferior. O produto de Escobar chegou a muitos outros países, principalmente nas Américas, embora há quem diga que ele conseguiu chegar até mesmo à Ásia.
Escobar subornou incontáveis oficiais de governos, juízes e outros políticos, e muitas vezes executou pessoalmente subordinados desobedientes. Corrupção e intimidação foram características predominantes do modo de agir de Escobar. Ele tinha uma estratégia inescapável conhecida como plata o plomo, (em Língua portuguesa, "prata ou chumbo"), que significava que ou o sujeito aceitava seu dinheiro (a prata) ou seria assassinado (o chumbo referia-se às balas). Escobar foi o responsável pela morte de três candidatos à presidência da Colômbia, pela explosão do vôo Avianca 203 e do prédio de segurança de Bogotá em 1989. Alguns analistas acreditam que ele estava por trás do incidente na Suprema Corte Colombiana em 1985 que resultou no assassinato de metade dos juízes da corte pelas gerrilhas de esquerda. O Cartel de Medellín também esteve envolvido numa sangrenta guerra pelo controle do tráfico com o Cartel de Cali durante quase toda a sua existência.
No auge de seu império, a revista Forbes estimou Pablo Escobar como o sétimo homem mais rico do mundo, com seu Cartel de Medellín controlando 80% do mercado mundial de cocaína. Sua organização tinha aviões, lanchas e veículos caros. Vastas propriedades e terras eram controladas por Escobar durante esse período, onde ele ganhava uma soma de dinheiro quase incalculável. Estima-se que o Cartel de Medellín chegou a faturar cerca de 30 bilhões de dólares por ano.
Enquanto era considerado um inimigo dos governos dos Estados Unidos e da Colômbia, Escobar era um herói para muitos em Medellín. Ele tinha bons relacionamentos e trabalhou para melhorar as condições de vida da população pobre da cidade. Fã de esportes, é creditada a ele a construção de estádios de futebol e o financiamento de times na cidade. Escobar sempre se esforçou para cultivar uma imagem de Robin Hood e freqüentemente distribuía dinheiro aos pobres. A população de Medellín costumava ajudar Escobar, escondendo informações das autoridades ou fazendo o que quer que fosse para protegê-lo.
Em 1991, Escobar voltou-se para o governo colombiano para evitar sua extradição para os Estados Unidos ou seu assassinato pelo cartel rival. Escobar foi "preso" em sua luxuosa prisão particular, La Catedral, que ele próprio construiu para si mesmo. Ele negociou um acordo com o governo colombiano onde ele seria preso por uma sentença de cinco anos e a garantia de sua não-extradição para os Estados Unidos. Entretanto, sua "prisão" parecia muito mais um clube particular ultra-seguro, e ele não se importou muito com sua sentença, sendo visto várias vezes fora da prisão: fazendo compras em Medellín, em festas, jogos de futebol e outros lugares públicos. Após a divulgação de fotos de seus passeios e de acusações de que ele teria matado muitos de seus parceiros de negócios quando eles iam visitá-lo em La Catedral, a opinião pública forçou o governo a agir. Quando um oficial do governo tentou transferir Escobar para uma outra prisão em 22 de julho de 1992, ele escapou com medo de ser extraditado para os Estados Unidos.

Captura

A guerra contra Escobar terminou em 2 de dezembro de 1993, quando ele tentava iludir mais uma vez o Search Bloc. Usando uma tecnologia de triangulação de rádio fornecida pelos Estados Unidos, um time de especialistas em eletrónica colombianos o encontrou em um bairro de classe média de Medellín. Um tiroteio entre Escobar e o Search Bloc então ocorreu. Alguns acreditam que atiradores de elite participaram da operação. A forma como Escobar foi morto neste confronto foi bastante questionada, mas sabe-se que ele foi encurralado num telhado e levou tiros na perna, nas costas e, o tiro fatal, perto do ouvido.
A caçada a Pablo Escobar foi documentada no livro Matando Pablo: A caçada final ao rei da cocaína do autor Mark Bowden, publicado no Brasil pela Editora Landscape e no filme de 2005 baseado nesse livro.
Depois da morte de Escobar, o Cartel de Medellín se fragmentou e o domínio do mercado de cocaína rapidamente foi assumido pelo rival Cartel de Cali até meados da década de 1990, quando seus líderes também foram capturados ou mortos.

Em Outubro de 2007 começou a produção de um filme baseado no livro de Mark Bowden que deve estrear em 2009 nos EUA com Christian Bale e Javier Barden (este último interpretando Pablo) no elenco.